sábado, 11 de maio de 2019

Mãe é como anjo

Poderiam os astros fechar as cortinas do céu e adormecerem. Poderia a lua repousar no silêncio da madrugada e aguardar tranquilamente os raios da alvorada despontarem, mas ela não! “Minha mãe não dorme enquanto eu não chegar”.

Majestosa flor de sensibilidade apurada, que sabe até quando vai chover, queres tomar o trabalho dos anjos? Pagarás um alto preço por amar demais. Serás eternamente “responsável por aquilo que cativas”, nem sempre correspondida, nem sempre compreendida e viverás uma paixão febril incurável, com tamanha ternura pelos filhos, à medida de sacrificar a própria saúde para acalentar o ser ingrato que lhe pede colo. Uma leoa sabe até onde vai sua força, mas ela não!

Senhora dos dotes curativos, que sofre quando choro, que exulta de alegria quando sorrio, como podes saber que sentirei frio? Meus braços se cansam e minhas pernas vacilam na longa peregrinação em busca de um sonho, mas ela não! Minha mãe não desistirá até me ver feliz!

Minha protetora em excelência, como pode a tua doçura afugentar o medo? Como pode o teu abraço amenizar a dor? Tal como o mergulho rasante da águia, você se lança no abismo de garras abertas para me livrar do perigo. Uma baleia poderia desistir do filhote perdido na imensidão do oceano, mas ela não!

Mãe é como anjo, podes crer! Um ser que veio a este mundo com a missão de amar incondicionalmente e ser amada eternamente.

Ailton de Oliveira.