segunda-feira, 1 de julho de 2019

União, a fortaleza da paz

“Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus.” (Mateus 5:9)

Certo dia assisti no canal Discovery, uma reportagem mostrando conflitos tribais, no interior da grande floresta tropical da Indonésia. Dizia o pesquisador, que uma onda de medo se estendeu por toda aquela região, quando a aldeia mais forte, a mais preparada no uso de lanças e flechas, se declarou no comando das terras, ameaçando aniquilar quaisquer indícios de resistência. Conhecendo os métodos brutais do inimigo em comum, os indefesos moradores da floresta só podiam esperar suas mulheres sendo violentadas, crianças transformadas em escravos e os homens adultos sendo assassinados. Quanto aos idosos: abandono e esquecimento lhes aguardavam.

No meio de tanta desesperança, um homem simples, atento aos sentimentos da comunidade local, decide dar um basta no sofrimento. Ele conhecia a rota do rio, sabia que por ali poderia acessar todas as comunidades ribeirinhas, e assim, resolveu construir uma boa canoa e visitá-las, a fim de promover a união dos guerreiros, dos fortes, dos frágeis, das famílias, para juntos tentarem espantar os inimigos. O mais rápido que pôde, preparou o alimento da viagem e com a ajuda de amigos, colocou a canoa na água.

A cada lugar que chegava, os anfitriões promoviam um grande banquete deixando subir a fumaça, que simbolizava a união entre dois povos. Todas as aldeias, bem como os inimigos, então, puderam assistir à distância a fumaça branca subir várias vezes conforme os dias iam passando e concluir que o poder não estava mais sob o controle do invasor, porque os grupos isolados que eles conheciam, agora era uma grande fortaleza.

Um homem cristão do séc XII, gente como eu e você, certa vez escreveu: “Senhor, fazei-me instrumento de vossa paz. Onde houver ódio, que eu leve o amor; onde houver ofensa, que eu leve o perdão; onde houver discórdia, que eu leve a união…” (oração de Giovanni di Pietro di Bernardone - São Francisco de Assis). Agora, pense em um lugar cheio de pessoas tentando fazer a mesma coisa: celebrar a paz.

Há um santo banquete aqui na Terra estabelecido por Cristo, onde a comunhão espanta o perigo e subjuga a influência maligna invasora. Nesse lugar de encontro familiar, fracos e fortes, ricos e pobres, alimentam a alma de esperança na Mensagem Profética, que flui como um rio do Trono de Deus. Esse festivo arraial é a santa Igreja reunida em torno de Jesus Cristo, aquele que nos convida para cear e nos dá a paz.

No momento de adoração ao Cordeiro Santo, nossos corações se abrem para um novo tempo de restauração, e as orações, sobem como aroma suave que se estendem até o Céu, nas asas do Espírito, aquele que intercede por nós e nos consola.

Venha para comunhão da Igreja! Venha celebrar a paz!

 
 Ailton de Oliveira