"Quero trazer à memória o que me pode dar esperança" (Lamentações 3:21).
É chegado o período de férias escolares. Logo se percebe centenas de pipas coloridas no ar, com suas rabiolas riscando o céu de um lado para o outro. Basta se ter espírito jovem, uma pipa e um carretel, para adornar o véu azul da cidade e fazer parte do emaranhado de linhas cruzadas, que raspam telhados e os fios da rua.
A visão da criança pobre passeia conformada por cima da paisagem urbana, como se a pipa fosse uma extensão do próprio corpo, desviando sua percepção lateral da desigualdade social, enquanto olha para cima. Suas mãos estão na terra, mas a alma está voando, mesclada ao brinquedo planador, que dá mergulhos rasantes na temporária fantasia de liberdade. Ao puxar a linha, a animação sobe na refrescante corrente de ar que afasta o menino de pensamentos rudes e indesejados. Talvez, empinar pipas seja uma medida terapêutica, até mesmo para pessoas maduras.
Nesse tempo de lazer finito, porém intenso, a pipa é para o menino da favela, a alegria de viver sob o sol da igualdade, onde todos têm coração de papel e bambu; onde sua simplicidade alcança lugares altos; onde sua imagem ganha visibilidade; e as mazelas de um garoto podem ser admiradas pelos colegas. Resultado: muitos são os meninos que só querem empinar pipas o dia inteiro! Se a vida aqui embaixo é complicada, o ser humano tenta do seu jeito, trazer à memória o que pode lhe dar esperança, através de algo que leve o ânimo lá para cima.
Por volta de 680 a.C., o Profeta Jeremias escreveu poemas retratando as dificuldades do seu povo, subjugado e humilhado pela Babilônia. Por causa da pobreza, da fome, da violência do inimigo, da separação de famílias e muitos outros problemas, ele lamentou e até chorou.
Em oração, o profeta mencionou que as escolhas do povo foram a causa de todo sofrimento e clamou por misericórdia divina. Confiando na bondade de Deus, buscou a linha do perdão. As Lamentações de Jeremias alertam para a necessidade de recomeço, de olhar para cima e não mais, praticar os mesmos erros do passado.
O profeta queria trazer à memória o que podia lhe dar esperança, algo que levasse o ânimo lá para cima. Queria levar seus compatriotas a se lembrarem dos tempos de outrora, quando a voz de Deus era ouvida e obedecida, quando ainda existia "ordem e progresso" e a esperança estava no ar.
Existem artifícios que nos ajudam esquecer ou até, ignorar as dificuldades da vida, desviando nossos pensamentos para cima, até no máximo onde bailam as pipas de papel, mas a realidade começará de fato a melhorar, quando reconhecermos que o Céu desceu até nós, na pessoa de Jesus Cristo, para nos oferecer uma aliança com o Pai do Céu.
Então, que tal trazer à memória o que pode te dar esperança? Vamos começar, lembrando de tudo que Deus já fez por você até hoje e em seguida, relembrar tudo que Ele garante àqueles que confiam na Graça Redentora, conforme está escrito em sua Santa Palavra. Está tudo lá, basta ler a Bíblia.
A esperança está no ar, pois o Céu desceu até nós.
Jesus Cristo é a nossa esperança para esta vida e na eternidade.
Ailton de Oliveira
É chegado o período de férias escolares. Logo se percebe centenas de pipas coloridas no ar, com suas rabiolas riscando o céu de um lado para o outro. Basta se ter espírito jovem, uma pipa e um carretel, para adornar o véu azul da cidade e fazer parte do emaranhado de linhas cruzadas, que raspam telhados e os fios da rua.
A visão da criança pobre passeia conformada por cima da paisagem urbana, como se a pipa fosse uma extensão do próprio corpo, desviando sua percepção lateral da desigualdade social, enquanto olha para cima. Suas mãos estão na terra, mas a alma está voando, mesclada ao brinquedo planador, que dá mergulhos rasantes na temporária fantasia de liberdade. Ao puxar a linha, a animação sobe na refrescante corrente de ar que afasta o menino de pensamentos rudes e indesejados. Talvez, empinar pipas seja uma medida terapêutica, até mesmo para pessoas maduras.
Nesse tempo de lazer finito, porém intenso, a pipa é para o menino da favela, a alegria de viver sob o sol da igualdade, onde todos têm coração de papel e bambu; onde sua simplicidade alcança lugares altos; onde sua imagem ganha visibilidade; e as mazelas de um garoto podem ser admiradas pelos colegas. Resultado: muitos são os meninos que só querem empinar pipas o dia inteiro! Se a vida aqui embaixo é complicada, o ser humano tenta do seu jeito, trazer à memória o que pode lhe dar esperança, através de algo que leve o ânimo lá para cima.
Por volta de 680 a.C., o Profeta Jeremias escreveu poemas retratando as dificuldades do seu povo, subjugado e humilhado pela Babilônia. Por causa da pobreza, da fome, da violência do inimigo, da separação de famílias e muitos outros problemas, ele lamentou e até chorou.
Em oração, o profeta mencionou que as escolhas do povo foram a causa de todo sofrimento e clamou por misericórdia divina. Confiando na bondade de Deus, buscou a linha do perdão. As Lamentações de Jeremias alertam para a necessidade de recomeço, de olhar para cima e não mais, praticar os mesmos erros do passado.
O profeta queria trazer à memória o que podia lhe dar esperança, algo que levasse o ânimo lá para cima. Queria levar seus compatriotas a se lembrarem dos tempos de outrora, quando a voz de Deus era ouvida e obedecida, quando ainda existia "ordem e progresso" e a esperança estava no ar.
Existem artifícios que nos ajudam esquecer ou até, ignorar as dificuldades da vida, desviando nossos pensamentos para cima, até no máximo onde bailam as pipas de papel, mas a realidade começará de fato a melhorar, quando reconhecermos que o Céu desceu até nós, na pessoa de Jesus Cristo, para nos oferecer uma aliança com o Pai do Céu.
Então, que tal trazer à memória o que pode te dar esperança? Vamos começar, lembrando de tudo que Deus já fez por você até hoje e em seguida, relembrar tudo que Ele garante àqueles que confiam na Graça Redentora, conforme está escrito em sua Santa Palavra. Está tudo lá, basta ler a Bíblia.
A esperança está no ar, pois o Céu desceu até nós.
Jesus Cristo é a nossa esperança para esta vida e na eternidade.
Ailton de Oliveira