domingo, 28 de julho de 2019

A expressão que nos define

Aniversario da Igreja Presbiteriana do Pechincha.

“Oh! quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em união. É como o óleo precioso sobre a cabeça, que desce sobre a barba, a barba de Arão, e que desce à orla das suas vestes. Como o orvalho de Hermom, e como o que desce sobre os montes de Sião, porque ali o Senhor ordena a bênção e a vida para sempre” (Salmos 133).

Tudo começou no inverno de 2006, quando Deus fez germinar uma semente preciosa, bem ali, na Avenida Geremário Dantas, onde muita gente passa, onde em breve haveria de se desenvolver uma fonte de esperança. Regada pela brisa fresca que desce dos montes de Jacarepaguá, à beira do caminho de quem volta da praia, a congregação tão sonhada brotou, formada de amigos e um violão. Em contrição, os irmãos ali oravam e cantavam: "Um só rebanho, um só Pastor, uma só fé em um só Salvador...".

Como o pomar que se avulta rasgando a terra, toda semana eles se reuniam, aprofundando raízes, laços de afeto e confiança. Homens talentosos, mulheres dedicadas, juventude no coração e na alma: "uma somente, uma semente", retratando a dependência da criança que se alimenta no colo da mãe, e ao mesmo tempo, revelando líderes maduros. A imprescindível experiência dos organizadores precede o bom trabalho realizado pelos irmãos, que desde o início, se mantiveram fiéis. Isso se chama: união. E após quatro anos de muito trabalho, aprouve a Deus, no dia 31 de julho de 2010, chamar essa união de Igreja Presbiteriana do Pechincha.

Usando a figura do Sacerdote Arão, o salmista se esforça para expressar a satisfação de um guia, contemplando os filhos de Deus em estado de harmonia, em união, em cooperação mútua. Complacentemente, ele ilustra uma paz que refrigera a cabeça como um óleo suave que acalma, trazendo a sensação de tranquilidade, que escorre pela barba, estendendo-se até à rasteira orla das vestes, ou seja, o refrigério alcança a todos. O Salmo 133 traz como ensinamento para os nossos dias, a proposta de se cultivar a comunhão na Igreja, pois fazendo isso, seremos mais abençoados no âmbito coletivo.

Hoje, apreciando o prédio da igreja reformado, um dos fundadores diria que paredes e janelas bonitas, ainda é pouco para contar todo o trabalho que se fez. Não se pode mensurar o preço de cada conquista até aqui ou lembrar de tantas bênçãos recebidas através das mensagens bíblicas do Rev. Leonaldo Costa, do Rev. Thiago Rocha, do Rev.  Marcos Batista, do Rev. Fábio Castro e muitos outros pregadores valorosos, bem como, através das canções que nos abrem as portas do coração durante o louvor ao Cordeiro Santo. Portanto, esse lugar deve ser valorizado em altíssima conta, pois a Igreja é a plataforma propagadora da Graça de Deus na Terra. Nossa igreja é uma base memorial da pessoa de Jesus Cristo, o autor daquela frase exposta ao lado do púlpito: "...em memória de mim".

Fica no coração, a saudade dos que partiram. Vem para o coração, a alegria com os que estão chegando. Multidões de palavras seriam necessárias para descrever, todas as pessoas que contribuíram de alguma forma, presenteando-nos com a visão de uma igreja bonita e atuante. Muitas são as mãos que ainda escrevem esta história, debaixo da unção do Eterno Consolador. Então, que se registre neste momento de celebração, apenas uma palavra, a expressão que nos define: união.  

Que o Pai do Céu nos dê paixão por esta obra, chamada de Igreja Presbiteriana do Pechincha, porque nesse lugar existe união, onde "o Senhor ordena a bênção e a vida para sempre” .

Ailton de Oliveira