“Porque não recebestes o espírito de escravidão, para, outra vez, estardes em temor, mas recebestes o espírito de adoção de filhos, pelo qual clamamos: Aba, Pai” (Romanos 8:15).
Para quem curte bons filmes, eu recomendo o clássico: "AI - Inteligência Artificial" (de 2001), esplendidamente produzido por Steven Spielberg. Quero discorrer aqui, para além do spoiler, algumas comparações com a graciosa iniciativa de Deus de nos adotar como filhos e herdeiros.
O roteiro começa com o grave adoecimento do menino Martin, mantido em estado de coma no hospital durante meses, sem esperanças de melhoras. Por isso, sua mãe, Mônica, sofre inconsolada, tanto, que o médico lhe sugere a adoção de uma criança robô, como medida terapêutica. Relutante, mas convencida pelo marido, ela aceita a ideia, passando a ser mãe de dois filhos: Martin, o filho de sangue, em estado vegetativo, e David, o filho adotivo artificial, que herda todos os brinquedos e a atenção de Mônica.
Aos poucos, David proporciona laços afetivos profundos na relação familiar, trazendo de volta a alegria para o coração da mãe. Desde então, vivia ali uma família feliz, porém, o paraíso exclusivo do menino robô estava com as horas contadas, pois ao telefone, alguém lá do hospital comunicava um acontecimento inesperado: Martin, o filho de sangue voltou à vida.
Pasmada com a notícia, Mônica se enche de alegria e quando Martin volta para casa, ela decide amar o filho humano mais do que ao filho robô, porque em seu juízo natural, a criança de verdade era dona legítima do quarto, dos brinquedos e de fato, um filho de sangue. David era apenas uma inteligência artificial com aparência de criança, mas tinha sentimentos, por isso começou a disputar ferrenhamente a atenção da mãe.
O ciúme dos meninos pela mãe se inflama, eles brigam muito e Mônica, se vê obrigada a abandonar o filho adotivo sozinho numa floresta. Confuso e assustado, David chora, grita e implora por seu amor. Com lágrimas nos olhos ela lhe diz: "fuja para longe David, proteja-se! Aqui você corre perigo". Então, ela desaparece.
Até esse ponto, o filme está só começando, onde interrompo a dramaturgia e inicio a reflexão sobre o amor incondicional de Deus, na declaração do Profeta Isaías: “Porventura pode uma mulher esquecer-se tanto de seu filho que cria, que não se compadeça dele, do filho do seu ventre? Mas ainda que esta se esquecesse dele, contudo eu não me esquecerei de ti” (Isaías 49:15). Nesta passagem bíblica, o Pai do Céu promete que não se esquecerá do seu povo, que jamais abandonará aqueles que Ele escolheu.
Na correspondência invertida entre a personagem Mônica e a pessoa de Deus, o filme mostra uma mãe sacrificando o filho adotivo para restabelecer sua antiga e plena relação de amor com o filho de sangue, enquanto a Bíblia mostra o contrário: o Pai do Céu entregando seu Filho de sangue ao sacrifício da cruz, para restabelecer a aliança com os filhos que Ele decidiu adotar.
No Reino de Deus, Jesus Cristo é o Filho de sangue, porque Ele é divino, porque Ele procede do Pai. E no que se refere à expressão: de sangue, Ele conheceu o preço de seu significado mais doloroso, quando voluntariamente padeceu em lugar de muitos pecadores, a saber, aqueles que o Pai adotou para a Salvação.
Outra boa notícia é que Cristo ressuscitou, trazendo alegria e vida eterna para todos que o aceitam em seus corações. O Apóstolo Paulo declara (Romanos 8:15), que não estamos debaixo da antiga lei de Moisés e dos profetas, pois uma Nova Aliança foi aperfeiçoada em Jesus, portanto, somos livres para chamar Deus de Pai; Pai Querido.
O Filho de sangue veio ao mundo para resgatar o filho adotivo que estava perdido.
O Pai do Céu está reunindo os filhos. Sejam todos bem-vindos à família de Deus!
Ailton de Oliveira
Para quem curte bons filmes, eu recomendo o clássico: "AI - Inteligência Artificial" (de 2001), esplendidamente produzido por Steven Spielberg. Quero discorrer aqui, para além do spoiler, algumas comparações com a graciosa iniciativa de Deus de nos adotar como filhos e herdeiros.
O roteiro começa com o grave adoecimento do menino Martin, mantido em estado de coma no hospital durante meses, sem esperanças de melhoras. Por isso, sua mãe, Mônica, sofre inconsolada, tanto, que o médico lhe sugere a adoção de uma criança robô, como medida terapêutica. Relutante, mas convencida pelo marido, ela aceita a ideia, passando a ser mãe de dois filhos: Martin, o filho de sangue, em estado vegetativo, e David, o filho adotivo artificial, que herda todos os brinquedos e a atenção de Mônica.
Aos poucos, David proporciona laços afetivos profundos na relação familiar, trazendo de volta a alegria para o coração da mãe. Desde então, vivia ali uma família feliz, porém, o paraíso exclusivo do menino robô estava com as horas contadas, pois ao telefone, alguém lá do hospital comunicava um acontecimento inesperado: Martin, o filho de sangue voltou à vida.
Pasmada com a notícia, Mônica se enche de alegria e quando Martin volta para casa, ela decide amar o filho humano mais do que ao filho robô, porque em seu juízo natural, a criança de verdade era dona legítima do quarto, dos brinquedos e de fato, um filho de sangue. David era apenas uma inteligência artificial com aparência de criança, mas tinha sentimentos, por isso começou a disputar ferrenhamente a atenção da mãe.
O ciúme dos meninos pela mãe se inflama, eles brigam muito e Mônica, se vê obrigada a abandonar o filho adotivo sozinho numa floresta. Confuso e assustado, David chora, grita e implora por seu amor. Com lágrimas nos olhos ela lhe diz: "fuja para longe David, proteja-se! Aqui você corre perigo". Então, ela desaparece.
Até esse ponto, o filme está só começando, onde interrompo a dramaturgia e inicio a reflexão sobre o amor incondicional de Deus, na declaração do Profeta Isaías: “Porventura pode uma mulher esquecer-se tanto de seu filho que cria, que não se compadeça dele, do filho do seu ventre? Mas ainda que esta se esquecesse dele, contudo eu não me esquecerei de ti” (Isaías 49:15). Nesta passagem bíblica, o Pai do Céu promete que não se esquecerá do seu povo, que jamais abandonará aqueles que Ele escolheu.
Na correspondência invertida entre a personagem Mônica e a pessoa de Deus, o filme mostra uma mãe sacrificando o filho adotivo para restabelecer sua antiga e plena relação de amor com o filho de sangue, enquanto a Bíblia mostra o contrário: o Pai do Céu entregando seu Filho de sangue ao sacrifício da cruz, para restabelecer a aliança com os filhos que Ele decidiu adotar.
No Reino de Deus, Jesus Cristo é o Filho de sangue, porque Ele é divino, porque Ele procede do Pai. E no que se refere à expressão: de sangue, Ele conheceu o preço de seu significado mais doloroso, quando voluntariamente padeceu em lugar de muitos pecadores, a saber, aqueles que o Pai adotou para a Salvação.
Outra boa notícia é que Cristo ressuscitou, trazendo alegria e vida eterna para todos que o aceitam em seus corações. O Apóstolo Paulo declara (Romanos 8:15), que não estamos debaixo da antiga lei de Moisés e dos profetas, pois uma Nova Aliança foi aperfeiçoada em Jesus, portanto, somos livres para chamar Deus de Pai; Pai Querido.
O Filho de sangue veio ao mundo para resgatar o filho adotivo que estava perdido.
O Pai do Céu está reunindo os filhos. Sejam todos bem-vindos à família de Deus!
Ailton de Oliveira