"Nisto conheceremos que somos da verdade, e diante dele tranqüilizaremos o nosso coração; porque se o coração nos condena, maior é Deus do que o nosso coração, e conhece todas as coisas"
(1 João 3:19,20).
Em outubro de 2019, as marés arrastaram até as praias do Nordeste, toneladas de densas manchas de óleo, contaminando parte da flora subaquática e ceifando a vida de animais marinhos. Vasto, pegajoso e letal, o vazamento de um suposto navio estrangeiro, condenou a alegria de muitos turistas, que buscavam desfrutar nas belíssimas piscinas naturais, a contemplação de momentos felizes.
Quando o óleo negro se estendeu sobre os recifes de corais, o pescador dobrou as redes e voltou para casa; o peixe boi foi intoxicado e morreu; o caranguejo fugiu do manguezal; as aves voaram para outro lugar; a menina se entristeceu ao ver a praia interditada, isolada e deserta, tudo por causa das manchas que vazaram das profundezas.
Muitas são a canções, que comparam o movimento do mar com as emoções dos poetas, como por exemplo, aquela velha melodia que resgata nostalgia e esperança: "se águas do mar da vida quiserem te afogar, [...] se as tristezas desta vida quiserem te sufocar, segura na mão de Deus e vai!..." (Nelson Monteiro da Mota). Semelhante ao mar, muitas vezes nas águas profundas do coração, a felicidade disputa espaço com manchas do nosso passado, que emergem na forma de ressentimentos, decepções, lembranças ruins e sentimentos culpa.
Às vezes, as manchas do nosso passado também atingem quem está próximo de nós, quando transferimos a culpa dos nossos erros para algo ou alguém. Como chagas abertas e latejantes, a culpa é tóxica e nas profundezas da alma, flutuam amargas lembranças de palavras que não deveríamos proferir, de pessoas que magoamos, de atos realizados sem pensar e pensamentos que ecoam sem atitude. Quanta poluição! Precisamos que alguém nos ajude a conter as manchas que vazam do nosso interior. É como diz um pedacinho de outra canção: "Eu que não sei quase nada do mar, descobri que não sei nada de mim" (Ana Carolina).
Quando as manchas se alastram sujando o nosso viver, o Espírito de Deus trabalha limpando das marés do dia a dia, os recifes de corais da lembrança, para purificar os filhos de Deus que atravessam "as águas do mar da vida".
O que passou, já passou. Que nossas lembranças ruins diluam-se nas águas do tempo e no amor de Cristo, aquele que ao nosso lado, marca suas "pegadas na areia". Ele é o Caminho, Ele é a Verdade, Ele é a Vida.
Que "o sol da liberdade, em raios fúlgidos, brilhe no céu da pátria nesse instante", para diluir as incertezas trazidas pelas ondas. Que consigamos perdoar, ouvir o outro, compreender, caminhar juntos, mesmo que ainda haja manchas vazando nas profundezas de um coração, naufragado por decepções. E assim, as manchas serão retiradas, as marés tornarão a ser claras, as tartarugas voltarão a nadar nos recifes de corais e as pessoas serão mais felizes.
Acreditar na Graça de Deus é confiar no seu perdão. Pecados que mancharam a nossa história, não podem nos aprisionar, pois Deus "tornará a ter compaixão de nós; pisará aos pés as nossas iniqüidades e lançará todos os nossos pecados nas profundezas do mar” (Miquéias 7:19).
Que Deus te console e purifique, dia após dia na perspectiva da fé, pois seu amor é mais profundo do que o mar.
Medite na Palavra de Deus e seja purificado(a)!
Ailton de Oliveira
Em outubro de 2019, as marés arrastaram até as praias do Nordeste, toneladas de densas manchas de óleo, contaminando parte da flora subaquática e ceifando a vida de animais marinhos. Vasto, pegajoso e letal, o vazamento de um suposto navio estrangeiro, condenou a alegria de muitos turistas, que buscavam desfrutar nas belíssimas piscinas naturais, a contemplação de momentos felizes.
Quando o óleo negro se estendeu sobre os recifes de corais, o pescador dobrou as redes e voltou para casa; o peixe boi foi intoxicado e morreu; o caranguejo fugiu do manguezal; as aves voaram para outro lugar; a menina se entristeceu ao ver a praia interditada, isolada e deserta, tudo por causa das manchas que vazaram das profundezas.
Muitas são a canções, que comparam o movimento do mar com as emoções dos poetas, como por exemplo, aquela velha melodia que resgata nostalgia e esperança: "se águas do mar da vida quiserem te afogar, [...] se as tristezas desta vida quiserem te sufocar, segura na mão de Deus e vai!..." (Nelson Monteiro da Mota). Semelhante ao mar, muitas vezes nas águas profundas do coração, a felicidade disputa espaço com manchas do nosso passado, que emergem na forma de ressentimentos, decepções, lembranças ruins e sentimentos culpa.
Às vezes, as manchas do nosso passado também atingem quem está próximo de nós, quando transferimos a culpa dos nossos erros para algo ou alguém. Como chagas abertas e latejantes, a culpa é tóxica e nas profundezas da alma, flutuam amargas lembranças de palavras que não deveríamos proferir, de pessoas que magoamos, de atos realizados sem pensar e pensamentos que ecoam sem atitude. Quanta poluição! Precisamos que alguém nos ajude a conter as manchas que vazam do nosso interior. É como diz um pedacinho de outra canção: "Eu que não sei quase nada do mar, descobri que não sei nada de mim" (Ana Carolina).
Quando as manchas se alastram sujando o nosso viver, o Espírito de Deus trabalha limpando das marés do dia a dia, os recifes de corais da lembrança, para purificar os filhos de Deus que atravessam "as águas do mar da vida".
O que passou, já passou. Que nossas lembranças ruins diluam-se nas águas do tempo e no amor de Cristo, aquele que ao nosso lado, marca suas "pegadas na areia". Ele é o Caminho, Ele é a Verdade, Ele é a Vida.
Que "o sol da liberdade, em raios fúlgidos, brilhe no céu da pátria nesse instante", para diluir as incertezas trazidas pelas ondas. Que consigamos perdoar, ouvir o outro, compreender, caminhar juntos, mesmo que ainda haja manchas vazando nas profundezas de um coração, naufragado por decepções. E assim, as manchas serão retiradas, as marés tornarão a ser claras, as tartarugas voltarão a nadar nos recifes de corais e as pessoas serão mais felizes.
Acreditar na Graça de Deus é confiar no seu perdão. Pecados que mancharam a nossa história, não podem nos aprisionar, pois Deus "tornará a ter compaixão de nós; pisará aos pés as nossas iniqüidades e lançará todos os nossos pecados nas profundezas do mar” (Miquéias 7:19).
Que Deus te console e purifique, dia após dia na perspectiva da fé, pois seu amor é mais profundo do que o mar.
Medite na Palavra de Deus e seja purificado(a)!
Ailton de Oliveira