"Ó Senhor, Tu me sondaste e me conheces. Tu conheces o meu assentar e o meu levantar; de longe entendes o meu pensamento. Esquadrinhas o meu andar e o meu deitar; conheces todos os meus caminhos. Sem que haja uma palavra na minha língua, ó Senhor, tudo conheces" (Salmo 139:1-4).
Quando preciso de uma palavra de conforto, penso em alguém que se interesse pelo meu bem estar. Ser acolhido pelo amigo é como dialogar com um médico, que ao paciente pergunta: teve febre, vômito ou enjoo? Sentiu fraqueza ou tontura em algum momento? Tem dormido bem e se alimentando normalmente? Aquele que se propõe a ajudar, precisa saber o que está acontecendo, mas às vezes, a gente não conta tudo e assim, o amigo não consegue compreender-nos.
Compreender uma pessoa é tocar em seu mundo particular, semelhante ao trabalho de um médico, que examina a língua do paciente, também os olhos e usa o estetoscópio para escutar seu coração, pulmões e rins. Depois, mede a pressão arterial do paciente e lhe diz: vou pressionar nesta região do seu corpo, então, vá me dizendo onde dói, se sente pontadas, se a dor é forte, se é contínua ou apenas desconforto. Aquele que acolhe as lamentações do outro, precisa descobrir onde está o foco de sua dor.
Mas às vezes, por sermos incapazes de enxergar claramente a dor do outro, provocamos a pessoa que amamos com perguntas e afirmativas inconvenientes, só para analisar suas reações, fragilizando com isso, sua estabilidade emocional, a fim de facilitar a nossa acomodada averiguação do problema. Aquele que se propõe a levantar quem está caído, precisa estar sensível às fraquezas do outro.
Perceber a dor do irmão, requer empatia e em alguns casos, também familiaridade com seu sofrimento. Shakespeare escreveu em um trecho da obra Romeu e Julieta assim: "só ri de uma cicatriz quem nunca foi ferido". Pode-se concluir que, quem conhece a dor do outro, consegue ser mais companheiro.
Entretanto, ser companheiro requer disponibilidade, pois às vezes é preciso "caminhar mais uma milha" lado a lado. Mas quando o amigo não aparece, o rancor preenche o vazio e o coração rancoroso, também não consegue compreender a indisponibilidade do amigo.
Ah..., mas quando conseguimos decifrar as necessidades do outro, comparamo-nos a um bom médico, que aguarda o paciente trazer os laudos do exame de sangue, da ultrassonografia, do exame de urina e no momento propício usa as palavras certas indicando a solução. Isso é revigorante!
Por vezes, nos identificamos com a debilitada alma que se abate, não compreendida nem mesmo por si. Outras vezes, agimos como um médico, tentando desvendar o misterioso mal estar de alguém que sofre, enquanto ambas as partes perguntam ao silencioso acaso: quem seria capaz de sondar o coração?
Aquele que consegue compreender o outro, faz-se semelhante ao gesto de Jesus, que vendo uma grande multidão, foi tomado de compaixão e curou os seus doentes (Mateus: 14,14).
"Em Jesus amigo temos mais chegado que um irmão. Ele manda que levemos tudo a Deus em oração. Oh, que paz perdemos sempre! Oh, que dor no coração! Só porque nós não levamos tudo a Deus em oração. [...] Em seus braços nos acolhe e nos dá consolação" (Em Jesus Amigo Temos - Lucas Souza).
De cima das estrelas, o Criador contempla as mazelas humanas. Através de seu Santo Espírito, Deus nos abraça e escuta os nossos pensamentos, como uma mãe que se levanta de noite, só para ouvir o coraçãozinho da criança bater e saber se ela está respirando.
Mais do que um médico, a Palavra de Deus é cirurgicamente restauradora, "viva e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até a divisão de alma e espírito, e de juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração" (Hebreus 4:12). O Senhor da Glória nos conhece e nos compreende.
Senhor do tempo, Pai de amor e de infinita misericórdia, Deus conhece todos os meus caminhos e defeitos, e ainda assim, está pronto a me perdoar e me acolher, quando o sentimento de solidão aperta em meu peito.
Fui encontrado por Jesus! Ele me conhece. Ele me compreende.
Ailton de Oliveira
Quando preciso de uma palavra de conforto, penso em alguém que se interesse pelo meu bem estar. Ser acolhido pelo amigo é como dialogar com um médico, que ao paciente pergunta: teve febre, vômito ou enjoo? Sentiu fraqueza ou tontura em algum momento? Tem dormido bem e se alimentando normalmente? Aquele que se propõe a ajudar, precisa saber o que está acontecendo, mas às vezes, a gente não conta tudo e assim, o amigo não consegue compreender-nos.
Compreender uma pessoa é tocar em seu mundo particular, semelhante ao trabalho de um médico, que examina a língua do paciente, também os olhos e usa o estetoscópio para escutar seu coração, pulmões e rins. Depois, mede a pressão arterial do paciente e lhe diz: vou pressionar nesta região do seu corpo, então, vá me dizendo onde dói, se sente pontadas, se a dor é forte, se é contínua ou apenas desconforto. Aquele que acolhe as lamentações do outro, precisa descobrir onde está o foco de sua dor.
Mas às vezes, por sermos incapazes de enxergar claramente a dor do outro, provocamos a pessoa que amamos com perguntas e afirmativas inconvenientes, só para analisar suas reações, fragilizando com isso, sua estabilidade emocional, a fim de facilitar a nossa acomodada averiguação do problema. Aquele que se propõe a levantar quem está caído, precisa estar sensível às fraquezas do outro.
Perceber a dor do irmão, requer empatia e em alguns casos, também familiaridade com seu sofrimento. Shakespeare escreveu em um trecho da obra Romeu e Julieta assim: "só ri de uma cicatriz quem nunca foi ferido". Pode-se concluir que, quem conhece a dor do outro, consegue ser mais companheiro.
Entretanto, ser companheiro requer disponibilidade, pois às vezes é preciso "caminhar mais uma milha" lado a lado. Mas quando o amigo não aparece, o rancor preenche o vazio e o coração rancoroso, também não consegue compreender a indisponibilidade do amigo.
Ah..., mas quando conseguimos decifrar as necessidades do outro, comparamo-nos a um bom médico, que aguarda o paciente trazer os laudos do exame de sangue, da ultrassonografia, do exame de urina e no momento propício usa as palavras certas indicando a solução. Isso é revigorante!
Por vezes, nos identificamos com a debilitada alma que se abate, não compreendida nem mesmo por si. Outras vezes, agimos como um médico, tentando desvendar o misterioso mal estar de alguém que sofre, enquanto ambas as partes perguntam ao silencioso acaso: quem seria capaz de sondar o coração?
Aquele que consegue compreender o outro, faz-se semelhante ao gesto de Jesus, que vendo uma grande multidão, foi tomado de compaixão e curou os seus doentes (Mateus: 14,14).
"Em Jesus amigo temos mais chegado que um irmão. Ele manda que levemos tudo a Deus em oração. Oh, que paz perdemos sempre! Oh, que dor no coração! Só porque nós não levamos tudo a Deus em oração. [...] Em seus braços nos acolhe e nos dá consolação" (Em Jesus Amigo Temos - Lucas Souza).
De cima das estrelas, o Criador contempla as mazelas humanas. Através de seu Santo Espírito, Deus nos abraça e escuta os nossos pensamentos, como uma mãe que se levanta de noite, só para ouvir o coraçãozinho da criança bater e saber se ela está respirando.
Mais do que um médico, a Palavra de Deus é cirurgicamente restauradora, "viva e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até a divisão de alma e espírito, e de juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração" (Hebreus 4:12). O Senhor da Glória nos conhece e nos compreende.
Senhor do tempo, Pai de amor e de infinita misericórdia, Deus conhece todos os meus caminhos e defeitos, e ainda assim, está pronto a me perdoar e me acolher, quando o sentimento de solidão aperta em meu peito.
Fui encontrado por Jesus! Ele me conhece. Ele me compreende.
Ailton de Oliveira