“Alegrai-vos, pois, filhos de Sião, regozijai-vos no Senhor, vosso Deus, porque ele vos dará em justa medida a chuva; fará descer, como outrora, a chuva temporã e a serôdia. As eiras se encherão de trigo, e os lagares transbordarão de vinho e de óleo. Restituir-vos-ei os anos que foram consumidos pelo gafanhoto migrador, pelo destruidor e pelo cortador, o meu grande exército que enviei contra vós outros” (Joel 2:23-25).
Em 26 de junho de 2020, os jornais noticiaram sobre uma nuvem de gafanhoto, de aproximadamente 20km² de extensão, que invadiu campos agrícolas na Argentina. Para a economia do país e quanto ao abastecimento alimentar de milhares de famílias, esse fenômeno natural foi um desastre, pois esses insetos estavam percorrendo até 150km por dia. Como precaução, autoridades governamentais do Brasil traçaram um plano de ação, utilizando o método de pulverização aérea, caso a nuvem de gafanhotos entre no território brasileiro.
Os cristãos praticantes , de maneira geral, associam a palavra: gafanhoto, imediatamente à oitava praga do Egito, ou às muitas citações sobre gafanhoto no Antigo Testamento e seu significado bíblico, ou às correntes teológicas sobre o Apocalipse. Fico impressionado ao ver alguns teólogos arriscando a própria reputação, ao apontarem conotação escatológica aos gafanhotos da Argentina. Eu confesso que existe em mim, um desejo irracional de interpretar todo desastre que aparece na mídia, como um sinal precedente da volta de Cristo, mas minha compreensão teológica bloqueia esse tipo de devaneio, me fazendo crer que o caso dos insetos que invadiram a Argentina é apenas uma nuvem que passa, ou não, mas isso, só Deus sabe.
Na primeira parte do livro de Joel, o profeta dá detalhes sobre uma grande nuvem de gafanhotos que devastou as plantações, provocando um grande prejuízo ao povo. A proposta profética para salvar o sustento dos habitantes daquela terra era, todos se chegarem a Deus, porque Joel sabia muito bem, que aquela nuvem de gafanhotos, não se limitava a um mero fenômeno da natureza, mas sim, de uma provação enviada por Deus, para repreender a incredulidade dos filhos de Deus.
O termo "dia do Senhor", em nossos dias faz referência à volta de Cristo, mas nos tempos dos profetas, significava: justiça divina na Terra, tanto para corrigir aqueles que davam às costas para o Senhor, fazendo-os sofrer a opressão dos inimigos de Israel, como para castigar esses inimigos que faziam mal ao povo de Deus. Na cultura em que Joel estava inserido, tanto o declínio como a prosperidade dos homens, passavam pela decisão soberana de Deus. Sobre a vida de todos os homens, havia um grande esquema divino orquestrado pelas mãos divinas.
Por falar em esquema, vocês lembram do Hopper, o gafanhoto líder do desenho animado: "Vida de Inseto" dos Estúdios Pixar? Tem uma hora, que os gafanhotos incentivam o irmão mais novo do Hopper, a convencer o líder, que eles deveriam dispensar a colheita realizada pelas formigas e irem embora daquele lugar. Então, o Hopper explica de forma incisiva, que eles precisavam ficar e escravizar as formigas por algum tempo e receber os tributos da espécie mais fraca, nem que fosse apenas para manter o "esquema" (a ordem natural da vida dos insetos) ou seja, o que podemos chamar de: ecossistema. O desenho animado esclarece ao longo do roteiro, que os gafanhotos precisavam das formigas para se alimentarem e as formigas, precisavam da presença dos gafanhotos, para afugentar outros insetos predadores, que representam perigo para existência do formigueiro. Depois de se alimentarem eles iriam embora.
O esquema nativo dos insetos é semelhante às relações do mercado de trabalho. As empresas maiores dominam sobre as empresas menores e ambas, cooperam mutuamente para se manterem produtivas. Entretanto, quando os ônus fiscais ou custos operacionais pesam demasiadamente sobre uma das partes, quando uma empresa corre o risco de falir ou até mesmo, quando um profissional não consegue se manter no emprego, aqueles que amargam perdas, sofrem como se estivessem sendo invadidos pelo gafanhoto migrador, pelo gafanhoto destruidor ou pelo gafanhoto cortador. Mas notícia boa nessa experiência é que os gafanhotos passam.
A partir do segundo capítulo de Joel, o profeta começa a mudar as notícias ruins, por palavras de esperança. O vigente panorama de seca, torna-se em perspectiva de chuva temporã, aquela que vem antes da estação das chuvas; torna-se em expectativa de chuva serôdia, aquela que permanece depois da estação das chuvas; ele anuncia que haverá fartura de trigo, de vinho, de azeite. O profeta muda de tristeza para alegria, porque os tempos difíceis passam, assim como os gafanhotos também passam.
Se estamos sob o governo do único Deus, Soberano, que orquestra o Universo, então, devemos crer no tempo certo, o Senhor restituirá os anos que foram consumidos pelo gafanhoto migrador, pelo destruidor e pelo cortador, porque é Ele quem nos dá a vida.
Ouçamos o profeta, que diz: alegrai-vos! Regozijai-vos no Senhor, porque ele vos dará o sustento em justa medida.
Ailton de Oliveira
Os cristãos praticantes , de maneira geral, associam a palavra: gafanhoto, imediatamente à oitava praga do Egito, ou às muitas citações sobre gafanhoto no Antigo Testamento e seu significado bíblico, ou às correntes teológicas sobre o Apocalipse. Fico impressionado ao ver alguns teólogos arriscando a própria reputação, ao apontarem conotação escatológica aos gafanhotos da Argentina. Eu confesso que existe em mim, um desejo irracional de interpretar todo desastre que aparece na mídia, como um sinal precedente da volta de Cristo, mas minha compreensão teológica bloqueia esse tipo de devaneio, me fazendo crer que o caso dos insetos que invadiram a Argentina é apenas uma nuvem que passa, ou não, mas isso, só Deus sabe.
Na primeira parte do livro de Joel, o profeta dá detalhes sobre uma grande nuvem de gafanhotos que devastou as plantações, provocando um grande prejuízo ao povo. A proposta profética para salvar o sustento dos habitantes daquela terra era, todos se chegarem a Deus, porque Joel sabia muito bem, que aquela nuvem de gafanhotos, não se limitava a um mero fenômeno da natureza, mas sim, de uma provação enviada por Deus, para repreender a incredulidade dos filhos de Deus.
O termo "dia do Senhor", em nossos dias faz referência à volta de Cristo, mas nos tempos dos profetas, significava: justiça divina na Terra, tanto para corrigir aqueles que davam às costas para o Senhor, fazendo-os sofrer a opressão dos inimigos de Israel, como para castigar esses inimigos que faziam mal ao povo de Deus. Na cultura em que Joel estava inserido, tanto o declínio como a prosperidade dos homens, passavam pela decisão soberana de Deus. Sobre a vida de todos os homens, havia um grande esquema divino orquestrado pelas mãos divinas.
Por falar em esquema, vocês lembram do Hopper, o gafanhoto líder do desenho animado: "Vida de Inseto" dos Estúdios Pixar? Tem uma hora, que os gafanhotos incentivam o irmão mais novo do Hopper, a convencer o líder, que eles deveriam dispensar a colheita realizada pelas formigas e irem embora daquele lugar. Então, o Hopper explica de forma incisiva, que eles precisavam ficar e escravizar as formigas por algum tempo e receber os tributos da espécie mais fraca, nem que fosse apenas para manter o "esquema" (a ordem natural da vida dos insetos) ou seja, o que podemos chamar de: ecossistema. O desenho animado esclarece ao longo do roteiro, que os gafanhotos precisavam das formigas para se alimentarem e as formigas, precisavam da presença dos gafanhotos, para afugentar outros insetos predadores, que representam perigo para existência do formigueiro. Depois de se alimentarem eles iriam embora.
O esquema nativo dos insetos é semelhante às relações do mercado de trabalho. As empresas maiores dominam sobre as empresas menores e ambas, cooperam mutuamente para se manterem produtivas. Entretanto, quando os ônus fiscais ou custos operacionais pesam demasiadamente sobre uma das partes, quando uma empresa corre o risco de falir ou até mesmo, quando um profissional não consegue se manter no emprego, aqueles que amargam perdas, sofrem como se estivessem sendo invadidos pelo gafanhoto migrador, pelo gafanhoto destruidor ou pelo gafanhoto cortador. Mas notícia boa nessa experiência é que os gafanhotos passam.
A partir do segundo capítulo de Joel, o profeta começa a mudar as notícias ruins, por palavras de esperança. O vigente panorama de seca, torna-se em perspectiva de chuva temporã, aquela que vem antes da estação das chuvas; torna-se em expectativa de chuva serôdia, aquela que permanece depois da estação das chuvas; ele anuncia que haverá fartura de trigo, de vinho, de azeite. O profeta muda de tristeza para alegria, porque os tempos difíceis passam, assim como os gafanhotos também passam.
Se estamos sob o governo do único Deus, Soberano, que orquestra o Universo, então, devemos crer no tempo certo, o Senhor restituirá os anos que foram consumidos pelo gafanhoto migrador, pelo destruidor e pelo cortador, porque é Ele quem nos dá a vida.
Ouçamos o profeta, que diz: alegrai-vos! Regozijai-vos no Senhor, porque ele vos dará o sustento em justa medida.
Ailton de Oliveira