segunda-feira, 7 de junho de 2021

...E viveram felizes para sempre

Dedico esta mensagem a minha esposa Juli, o grande amor da minha vida, por mais um aniversário de casamento.

"...Como um lírio entre os espinhos, assim é a minha amada entre as outras mulheres" (Cânticos: 2:1-2).

Ela gosta de contar as datas especiais e ele, de contar histórias. Ela é sensível, cem por cento coração, por vezes também vulcão. Ele é calmaria e distração, mas quando a viu passar, olhou com atenção, olhou de novo e continuou olhando.

Inebriado pela força do querer, ele se apaixonou sem resistências, sem medo, sem vergonha. Até porque, já era tarde demais para decidir, se já estava decidido pela paixão. Como se não bastasse ser ela sua cara metade, ainda era linda.


No mesmo segundo que a viu, sentiu-se grato pela resposta de Deus, como se em algum momento tivesse pedido ajuda para escolher. Se não fosse Deus, para iluminar os caminhos dessa paixão destemida, em vão falariam os poetas e as canções românticas, que ele passou a ouvir, enquanto pensava nela.


Pés felizes caminharam na direção da amada e com palavras gentis, ele conseguiu tocar em sua mão, um tanto atrapalhado, mas ela sorriu. Como bem diz o cantor Lulu Santos: "nós somos medo e desejo, somos feitos de silêncio e luz. Têm certas coisas que eu não sei dizer".


Existe alguma explicação para duas pessoas tão diferentes viverem um grande amor? Há de se preferir, que os Cânticos de Salomão inspirem os corações enamorados, bem como a conclusão de Ruben Alves, quando diz: "como a rosa que floresce porque floresce, eu te amo porque te amo".


Pela primeira vez, ele viu a arte colorir o artista. O início de uma história de amor, em que a pintura ganha vida na forma de mulher, salta da tela e se casa com o pintor. A partir de então, eles escreveram a gênese de uma nova árvore genealógica e a construir seu próprio paraíso.


E viveram felizes para sempre!


Ailton de Oliveira